Thursday, August 16, 2012

O vestido



Estava eu provande um vestido na loja. Precisava de ajuste então chamaram a costureira. Ela alfinetou daqui e de lá e me mostrou como ía ficar. Porém avisou que ficariam aparecendo pequenas rugas no tecido.
Eu que já estava na dúvida, dei uma prensa na mulher (que por sinal era brasileira) e perguntei: mas você acha que vai ficar bom mesmo? ou vai ficar feio? essas inseguranças da pessoa que não tem uma irmã por perto pra ir junto comprar vestido de festa...
Mas enfim, a bahiana me responde que ía ficar bom, mas que se eu já estava sendo negativa e achando o contrario, era melhor eu não comprar. Não comprei.
Tudo bem que eu se fosse ela não falava isso, pois ela perdeu o serviço e eu acho que ela realmente acreditava que ficaria lindo. Mas esse episódio me fez pensar no seguinte: o quanto o pensamento positivo influencia o sucesso na nossa vida e consequentemente a nossa felicidade.
Não vou nem entrar na parte zen que pensamento positivo atrai energias positivas, pois sei que os mais céticos juram de pé junto que isso não faz sentido. Mas nesse caso, por exemplo, se eu comprasse o vestido mas ficasse cismada que o conserto não ía dar certo, não haveria Valentino pra deixar o vestido perfeito. Então não teria jeito de eu ficar feliz.
Eu sou  ótima pra fazer uma escolha e depois ficar me questionando. Coisa que não leva ninguém a lugar nenhum mas é dureza de mudar. Lição pra mim... E quem sabe pra alguns de vocês.

Friday, August 10, 2012

As versões da verdade


As vezes (muitas vezes) a gente acha que as pessoas estão mal intencionadas. Ja aconteceu com você? Mas pensa comigo:  você, normalmente, esta mal intencionado? Eu sei que eu não to. E se eu te conheço e você é meu amigo, eu acho que você também não esta. E você tem os seus amigos e família, que tem seus amigos e família e por aí vai. Pensando nessa lógica, no geral as pessoas não estão mal intencionadas.
Porém, mesmo assim, nós discordamos, brigamos e nos decepcionamos com pessoas que assumimos que tem boas intenções. Ou seja, as pessoas fazem coisas por que acham certo fazer, mas como nós achamos o certo diferente, ficamos chateados. E só pra enfatizar o ponto, quem fez o que fez normalmente acredita que esta fazendo o certo,  mas o certo de um claramente nao é o certo do outro. Daí as diferenças.
Enfim, to dando essa volta toda pra contar o que aconteceu outro dia.
Eu tava dirigindo pro trabalho (é, mais uma das minhas historias no transito de LA). Eram duas filas de carro na rua, eu tava na da direita. A fila da esquerda estava parada e a minha movendo bem devagar. Foi aí que um carro da fila da esquerda se jogou na frente do meu. Ele não colocou seta, e conforme mencionei, a fila dele tava parada, então foi literalmente aquela cena do cara virar toda a roda pra direita, se desenfiar do espaço que ele estava ocupando pra se enfiar na minha frente. Ele me pegou de surpresa e só freiei quando vi que ía bater, não deu tempo de parar antes. Ficou aquela situação dos dois parados, ele quase aqui, eu quase lá. Aí pronto, começou o stress. O cara me olhou com uma cara que me embrulhou o estômago, e antes que eu pudesse entender o que estava acontecendo, ele começou a me mostrar o dedo e fazer todos os sinais mais nojentos. Acabei deixando ele entrar na minha frente, e a orquestra de palavrões e gestos durou a eternidade que levou pro sinal abrir.  Eu fiquei chocada e com medo. O cara tava tão revoltado que eu podia vê-lo saindo do carro pra vir tirar satisfação comigo ali no meio do transito. Ou pior, pra me agredir. 
Mas enfim, pela reação do motorista frenético ficou obvio que ela se sentiu injustiçado e que ele tinha certeza que eu tinha feito a pior coisa do mundo. Tudo bem que o cara também deve ser nervozinho e ter um temperamento daqueles, mas imagino que se vocês ouvissem a historia da boca dele, a versão seria bem diferente. Cada um com a sua verdade.