Tuesday, January 25, 2011

Olho no olho

Mudamos pra LA no final de julho do ano passado. Toda vez que alguém me pergunta como tá a vida por aqui, a resposta é a mesma: minha qualidade de vida tá otima, clima bom, moro do lado do trabalho, tenho tempo pra mim, minha casa é uma graça. Porém…. não tenho amigos. (tá bom, tenho uns 5 amigos…)

O Lucas viaja muito e eu não trabalho com o pessoal do meu escritório uma vez que todo meu time tá em São Francisco. Portanto muitas vezes entrei no escritório muda, passei o dia todo no telefone ou computador e saí calada.

Juntando o isolamento do trabalho com a falta de amigos locais e as 6h de fuso horário com o Brasil, a maior parte das minha relações sociais passou a se resumir ao mundo virtual: email, Facebook etc.

Engraçado que a ficha com relação à ausência de contato com pessoas só caíu recentemente quando uma amiga do Rio (Sabraaaaina) tava visitando e ficou impressionada com a falta de gente na rua por aqui. Ela tava vindo de NY que parece mais um formigueiro comparado com as ruas de LA, e não parava de perguntar cadê todo mundo. Em LA tudo é muito longe portanto as pessoas vivem ilhadas em seus carros e enfrentando tanto trânsito que se chega quase na hora de voltar.

Juntando o fato que somos novos por aqui com a realidade que a gente teoricamente nem precisa mais das pessoas, fica difícil fazer o esforço. Antigamente um novato na cidade precisava se informar sobre onde são os bons restaurantes, qual médico se consultar, onde fica o cinema mais próximo. Porém sites como o Google nos dão todas as respostas com muito mais conteúdo e opção que um vizinho ou colega de trabalho. Além disso, TV e internet tem entretenimento de montão que podem facilmente substituir encontros com pessoas e mascarar a solidão.

Mas aí fica meio sem graça. Qual o sentido de passar o dia todinho, da hora que acorda até a de dormir, sem trocar com os outros, ouvir e falar, discutir, sentir. Quem viu “social networking” (o filme do Facebook) entende bem o que eu tô querendo dizer. A vida virtual não satisfaz ninguém, o importante mesmo é o olho no olho.

Enfim, tô tentando ser mais cara de pau e menos preguiçosa pra conhecer pessoas, mas se tiverem sugestões de como socializar em terras estrangeiras, sou toda ouvidos (virtuais).

bjs

2 comments:

  1. Essa experiência eu não tenho, mas posso passar a vivência de Paola (minha filha) que já mora há muito tempo fora e já mudou várias vezes de cidade. Tenha filhos!!! Perdoe a intromissão... Fazem-se muito bons amigos entre os pais dos coleguinhas.... Beijos saudosos

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  2. Amei Barbie!
    Passei o maior tempao em Sydney totally autista. É chato a vera.
    Quando negocio tava ficando bom vim pra Tere. Cara, aqui tb nao conheço quase ninguem.
    Isso m enlouquece. Os teresopolitanos sao simpaticos, mas meio bicho do mato, sei lá.

    Vamos pra Miami - a gente se faz companhia! hehheee

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