Wednesday, February 9, 2011

Dois pesos, duas medidas

Outro dia assisti uma palestra na internet de uma executiva punk que trabalhava no Google e é considerada uma das top dos EUA. Ela falava sobre a dificuldade, ainda nos dias atuais, que as mulheres enfretam pra chegar no topo do mercado de trabalho.

A palestra é legal e o link tá abaixo pra quem quiser assistir na íntegra, mas uma estatística me intrigou, pra não dizer revoltou: Para homens, há uma correlção positiva entre sucesso e ser gostado, admirado pelos outros (em inglês ela usou likability). Para mulheres, essa correlação é negativa. Ou seja, os homens que estão no poder são admirados, enquanto as mulheres não são.

Fiquei tentando entender. Uma hipótese é que, por coincidência, a grande parte das mulheres que estão no poder são megeras enquanto os homens são gente boa. A outra hipótese, que achei um tanto mais plausível, é que pra se chegar no poder, tem uma série de comportamentos que são necessarios, tipo tomar decisões, falar não, participar ativamente de discussões etc. Partindo do princípio que tanto homens quanto mulheres fazem isso, minha conclusão é que esse comportamente é percebido como positivo pro homem e negativo pra mulher. Se espera do homem atitude, assertividade e até um pouco de agressividade. Essas características tornam um homem admiravel. Já pra mulher, isso tudo é mutio feio.

Gente, isso me revoltou e me fez pensar nos preconceitos que a gente sofre desde pequena, tipo: Homem que “pega”muita mulher é garanhão, mulher que “pega” geral é galinha ou vagabunda.

Eu não sou feminista, acho ótimo pensar que tenho a opção de ser 100% dona de casa se eu quiser (e o Lucas topar...) e até acho normal a mulher ter um papel um pouco mais ativo na casa do que o homem, mesmo que os dois trabalhem fora. Mas essa história de dois pesos e duas medidas me tira um pouco do sério.

Aproveitando, esse site Ted.com tem cada palstra incrível. Vale a pena conferir!


1 comment:

  1. amei, bar! adoro o ted, e essa palestra é incrível! cê conhece a da elizabeth gilbert, autora do "eat pray love"? é demais, sobre criatividade!
    beijo, maria

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